domingo, 10 de junho de 2007

DENOREX

Quando eu era pequena, passava tardes e mais tardes assistindo à televisão. Às vezes, ali aparecia uma imagem de arquivo, uma cena de telenovela de 30 anos atrás. Então as cores ficavam opacas, estranhas. E eu pensava: será que as pessoas notavam que aquelas cores mostradas na tela não eram como as reais? Eu arriscava que não e me assustava: será que as cores que eu vejo HOJE na TV não são como as reais, mas, como eu sempre as vi assim, elas parecem ser?

No ano passado, vi uma partida de futebol numa TV normal e numa HDTV (High Definition Television, traduzindo, televisão em alta definição). Minha dúvida cromática foi sanada rapidamente: o que na primeira era cor, na segunda era cor ao quadrado. Imaginei meus olhos castanhos e pequenos arregalados, de um ângulo alguns centímetros mais abaixo do que de onde vi aquele jogo.

Se eu ainda fosse criança, teria ido para casa pensando que nem tudo é como parece ser. Como estudante de jornalismo... pensei o mesmo. Mais canais, pluralismo da informação, interatividade, inclusão digital, mobilidade: a digitalização da TV tem muito mais a oferecer do que simplesmente cores vibrantes.

3 comentários:

Samir Oliveira disse...

Legal!

Mas algumas pessoas vão precisar da nota explicativa :p

Carolina Tavaniello P. de Morais disse...

Realmente, isso é o mínimo que ela pode oferecer: cores que esbugalham os olhos.
Mas que tal fazer a tal nota explicativa pra relatar o "muito mais a oferecer"? Acho interessante.
É apenas sugestão okey.
Beijos

Liza Mello disse...

samir:
Denorex era um anti-caspa que parecia um shampoo normal. Ficou conhecido pelo seu slogan:
Denorex: parece, mas não é!

carolina:
"Mais canais, pluralismo da informação, interatividade, inclusão digital, mobilidade". Aí está a resposta!