Voltei a Porto Alegre neste domingo umas centenas de gramas mais gorda e com o coração pesando quilos. De pícnic em Palermo à festa en Amerika, choro só de lembrar.
A melhor viagem da minha vida aconteceu meio que por acaso, sem muito planejamento. Comigo achando que o albergue era longe e com medo de ter pouco dinheiro. Nasceu de uma coversa meio a esmo no campus da PUCRS, sentada numa muretinha na frente do Banrisul.
A melhor viagem da minha vida durou apenas nove dias e oito noites e teve como rumo a 'Cidade Mais Européia da América Latina'. Ela não me encantou de cara. Buenos Aires é muito bonita, por supuesto. Há um jeito bonitinho e meigo de Montevidéu (com seus habitantes no mais glorioso penteado mullet). Pero también hay um ar de megalópole, com seu metrô que cruza a cidade por $0,90, seus bairros carésimos e seus parques verdes e limpinhos.
Mas o que me encantou mesmo foram as pessoas que conheci. Já no primeiro dia, foi quase um brasileiro/hora. De noite, já tinham três planejando o que nós (sim, já tinhamos virado 'nós' nesse ponto) iamos fazer na manhã seguinte. Depois ainda vieram colombianos e americanos.
Aperfeiçoei meu portuñol e até falei um pouco de inglês. Mas, para mim, o português nunca fez tanto sentido: saudade.