terça-feira, 21 de agosto de 2007

Comentário Básico, o Texto


Os Raimundos que me perdoem a 'autoria compartilhada', mas sempre fui uma Mulher de Fases. Pelo menos, na área musical. Quando descubro uma nova banda, ou uma letra a mim desconhecida, eu ouço muuuuuuito. O botão 'repeat' do rádio já ficou gasto. Virou 'rep t'. Chego a escutar ininterruptamente umas quinze vezes a mesma canção. Até que ela cansa e desaparece do meu pensamento. Ultimamente eu passava por um infeliz marasmo musical, nada novo me emocionava. Nada me enchia os ouvidos, os olhos. Só me enchia o saco.


Assisti à mais nova obra do Jorge Furtado - Saneamento Básico, O Filme - e amei. Aliás, A-MEI. Depois entrei no site oficial. Quando a página 'trilhas' apareceu, instantaneamente tocou 'Piangi con me'. Foi paixão à primeira vista. O download em MP3 ali mesmo disponível foi logo concluído. Fiz de conta que a minha fluência em italiano não era nula e fiquei gritando pelo meu quarto "SHALALALALALA PIANGI CON MEEEEE". Me enrosquei no fio do iPod e dancei. E dancei e dancei. Meu pé batia tão forte no tabuão do piso que chegava a doer. A meia não era suficiente para conter o atrito, tive que calçar pantufas. Mas aí já era tarde... meus pés já estavam doloridos e eu entrava madrugada a dentro. Era hora de dormir.


Fazia tempo que isso não acontecia comigo: pular até não poder mais. Aliás, havia séculos que eu não dava gargalhadas dentro de uma sala de cinema. E, em Saneamento Básico aconteceu. Lá estava eu, entre amigos, a rir até morrer.


foto: divulgação

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Posts

A minha turma de faculdade foi, desde o ano passado, dragada pelo universo dos blogs. Porém, acho que foi só na metade de 2007 que o pessoal se entusiasmou, posta com uma certa regularidade. E, já que (quase) todos têm blogs, eles fazem uma pressão extra para que ninguém desista: ATUALIZA!!. Eu não sou exceção: posto aqui sempre que o tempo aparece e que as idéias vêm. E, mais seguido ainda, navego pela Rede, comentando os blogs desses futuros jornalistas.

Nesse vai-e-vem de postar e ler postagens, percebi que existem pelo menos cinco tipos de posts nos blogs de estudantes de jornalismo. Olha só:

-Post VaiQ: É aquele que segue a lógica de que jornalismo é 80% esforço ( 1o% é talento e 10%, sorte). A pessoa 'esquece' que em blog não se recebe salário e não há prazo de entrega, mas mesmo assim escreve uma resenha sobre algum tema cultural, ou critica algum assunto bastante veiculado na mídia (à la ombudsman). É um investimento pessoal: treina o espírito de argumentação e exercita a escrita. Ah, e é claro: VaiQ um superjornalista lê o post, acha que essa pessoa é o futuro do jornalismo mundial e a contrata na hora! Por via das dúvidas... se posta...

-Post JaQ: Esse é um pseudo- post-VaiQ. Na faculdade de jornalismo, obrigatoriamente se escreve. Bastante. E quando o trabalho vale nota é inevitável: se esforça muito mais do que num blog. Aí tem aquele texto prontinho, que levou horas para fazer... não dá para recusar: JaQ eu já fiz...vai para o blog. Só que (é claro!) o estudante não se entrega na postagem , não diz que esse texto tem uma origem acadêmica...que o esforço ficou só no 'Ctrl +c, Ctrl+v'... VaiQ o superjornalista visita o blog exatamente nesse dia?!

-Post Desabafo: O mais intimista dos posts. É quando o blogueiro faz do espaço uma espécie de diário aberto. Conta o que está sentindo, histórias de vida, insights que ocorreram em algum lugar da cidade. Já rende várias linhas e adianta a terapia.

-Metapost: É um post sobre posts, ou sobre blogs. Enfim, aquele texto que a pessoa pensou enquanto criava um (outro) post.

-Bost: O grande medo de todas as pessoas que escrevem num espaço tão aberto quanto um blog! É quando o post fica UMA BOST... enfim, fica um bost. Esse caso infeliz pode acontecer de duas formas. Primeiro: quando o blog não é atualizado há séculos, e a pessoa escolhe escrever qualquer coisa para manter os internautas cativos em vez de deixar o blog com cara de velho, largado às baratas cibernéticas da blogosfera. Segundo(e esse é o pior caso): quando a pessoa pensa que escreveu um texto muito bom e ninguém comenta... no outro dia ninguém comenta também... aí ela pergunta "tu não viu o meu post novo?" e o amigo desvia o olhar "ah, eu vi sim...". É, meu caro amigo, infelizmente você foi vítima do bost.

Esta classificação não é rígida, podendo haver posts híbridos. Entre eles: Desabafo+Bost, VaiQ+Bost (o que é uma pena... já que a criatura se esforçou tanto...), JaQ +Bost (esse é muito ruim, já que não é só auto-estima que baixa, mas a nota final também...) e o Metapost +Bost (que eu REALMENTE espero que ESTE não seja um exemplo!!).